Para quem não se liga muito em rap, especialmente o produzido em nossas terras, talvez desconheça que este gênero musical tenha perdido espaço significativo para o funk, sejam nos bailes da periferia, festivais de música, emissoras de rádio ou até nas redes sociais. Com isso, a produção de videoclipes dos rappers brasileiros também sofreu um bocado, rara as exceções.
No entanto, com a renovação de nomes, encabeçada por Criolo, Emicida, Rael, Rashid e Rincon Sapiência (na verdade esses já estão na trilha das rimas e levadas há um bom tempo), entre outros, o rap nacional traz novos ares e indica caminhos promissores, tanto para o movimento em si como fora dele, inclusive na forma de se pensar e fazer comunicação em tempos digitais. Exemplo é o filme "Bluesman", do Bacu Exu do Blues. A iniciativa traz uma mistura incrível de linguagens e técnicas de produção audiovisual, equilibrando de maneira cirúrgica conscientização, ficção, arte, poesia e entretenimento (não apenas como sinônimo de diversão). Tudo condensado em 8 minutos e 15 segundos de duração.
A reflexão e autorreflexão sobre este trabalho não se limita à qualidade do vídeo em si, porém em todo o seu processo de concepção e desenvolvimento, ou seja, na capacidade de juntar uma diversidade impressionante de talentos, indo da rima visceral do mc baiano, passando pela produção impecável, ao crivo dos realizadores, além de toda coletividade para viabilização do projeto. Ao unir ampla frente de criação, planejamento e execução, aparentemente inviável para olhos míopes e sedentos por grandes verbas de marketing, surge algo com propósito genuíno, nascido em um ambiente de co-criação, conceito muito falado mas pouco visto na prática.
Sugiro assistir, ouvir e sentir. E fica o convite para compartilhar cada impressão.
P.S.1: parabéns a todos vocês que participaram do filme "Bluesman" e obrigado por abrir as portas das novas possibilidades de se comunicar e produzir comunicação.
P.S. 2.: logo abaixo do vídeo, no Youtube, tem a ficha técnica do projeto.
11 de jul. de 2019
Rimas da co-criação
Postado por
cantos e cantigas
às
10:00
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
AKQA,
baco exu do blues,
co-criação,
Coala Festival,
Criolo,
Emicida,
Festival de Cannes,
Rael,
rap nacional,
Rashid,
Rincon Sapiência,
Stink Films,
videoclipe
2 de jan. de 2018
Os sulgos coloridos da Fuloresta de Siba
Em 2007, a sonoridade típica do nosso nordeste rural veio a colorir as 12 faixas do CD Toda Vez que Eu Dou Um Passo / O Mundo Sai do Lugar, de Siba e a Fuloresta. Composta por músicos de Nazaré da Mata, município de Pernambuco, a banda registra a musicalidade de um Brasil que parece passar despercebido pela grande mídia tupiniquim.
Críticas à parte, essa obra foge dos rótulos e das datas de validade ao mostrar toda a sua riqueza, criatividade e originalidade, sem falar do seu aspecto documental. Em meio a ritmos tradicionais, Siba dá um tempero inovador em cada canção, seja por meio das levadas de guitarra, arranjos da orquestra de metais ou participações especiais.
Toda Vez que... acaba de ganhar sua edição limitada em vinil, de 500 unidades, fazendo os toca-disqueiros incansáveis rasparem o tacho da conta bancária em busca dessa joia rara. A chegada do LP gravado lá na República Tcheca será celebrada com a aterrissagem de Siba e a Fuloresta sobre o palco do Sesc Pompéia, em São Paulo, nos dias 13 e 14 de janeiro!
Ao clima das cirandas, cocos-de-roda e repentes desse Brasilzão encantador e alegre, desejamos um 2018 de energia da boa com a apresentação de Siba e a Fuloresta na gravação do CD/DVD no Itaú Cultural há 10 anos...
Críticas à parte, essa obra foge dos rótulos e das datas de validade ao mostrar toda a sua riqueza, criatividade e originalidade, sem falar do seu aspecto documental. Em meio a ritmos tradicionais, Siba dá um tempero inovador em cada canção, seja por meio das levadas de guitarra, arranjos da orquestra de metais ou participações especiais.
Toda Vez que... acaba de ganhar sua edição limitada em vinil, de 500 unidades, fazendo os toca-disqueiros incansáveis rasparem o tacho da conta bancária em busca dessa joia rara. A chegada do LP gravado lá na República Tcheca será celebrada com a aterrissagem de Siba e a Fuloresta sobre o palco do Sesc Pompéia, em São Paulo, nos dias 13 e 14 de janeiro!
Ao clima das cirandas, cocos-de-roda e repentes desse Brasilzão encantador e alegre, desejamos um 2018 de energia da boa com a apresentação de Siba e a Fuloresta na gravação do CD/DVD no Itaú Cultural há 10 anos...
Postado por
cantos e cantigas
às
10:51
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
2018,
Cantos e Cantigas,
ciranda,
coco-de-roda,
Fuloresta,
Itaú Cultural,
LP,
música,
Nazaré da Mata,
orquestra de metais,
ritmos do Brasil,
sesc pompéia,
Siba,
vinil
26 de out. de 2017
Piano em tempos de blues
Em homenagem ao emblemático pianista Fats Domino, que acaba de deixar este plano terreno, o Cantos e Cantigas compartilha o documentário Piano Blues, dirigido por Clint Eastwood e lançado em 2003. O filme faz a gente embarcar em uma viagem pelo tempo em que ícones sagrados do blues norte-americano nos presenteiam com sonoridades repletas de virtuosismo e sentimento. Parte da série The Blues, produzida pelo cineasta Martin Scorcese, Piano Blues é uma daquelas obras capazes de nos levar ao passado, mostrando que artistas de alma rompem, de maneira sutil, qualquer rotulagem ou tentativa de serem datados.
Thanks Fats! Thanks a lot!
Thanks Fats! Thanks a lot!
Postado por
cantos e cantigas
às
14:21
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postagens (Atom)