Desde 1970, o Glastonbury Festival vem promovendo o encontro da arte contemporânea com a sustentabilidade, durante o verão inglês. Na última edição, realizada no fim de junho de 2013, a energia malemolente e positiva do lendário The Congos subiu ao palco West Holts para fazer uma apresentação de muito respeito. Com a linha instrumental suingada e hipnótica, o trio vocal (que depois virou quarteto) formado por Cedric Mayton, Roydel "Ashanti" Johnson e Watty Burnett lançou verdadeiras pedradas ao vivo. O público sacudiu o esqueleto, em quase 50 minutos de espetáculo, enquanto o The Congos  pincelava canções das mais de três décadas e meia dedicadas à música reggae.

Direto do Texas

Erykah Badu manda a estonteante "The Healer" durante apresentação em Austin, no estado texano. A artista brinca com a voz e a rima sobre a base jazzística temperada  de schratches, promovendo uma jam session expontânea.

 

Tirando o chapéu para o GOG

Nos últimos anos, os gêneros musicais de teor unicamente apelativo, como o funk (aquele originário do miami bass), têm tomado de assalto diversas camadas sociais, inclusive as menos favorecidas. Devido a esta característica, a voz do rap perdeu significativo espaço nos bailes e festas realizados nas comunidades brasileiras. Mas, independente desta mudança comportamental, o ritmo e poesia mantém-se na ativa, trazendo verdadeiras borduadas sonoras. Entre estas forças sônicas incansáveis está o GOG, ser pensante a encantar e conscientizar nossa mente de tempos em tempos. No videoclipe de "África Tática", o emecee do Distrito Federal manda suas rimas fora do convencial, mas totalmente compreensíveis, sobre as bases marcadas e riffs de guitarra. Como diz a frase final da canção "liberdade se cria pelo saber." Precismos dizer mais alguma coisa?

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