![]() |
I Hate School, demo do Suicide Squad. 1979 |
Na última sexta-feira, quatro de fevereiro, um dos editoriais publicados no diário O Estado de São Paulo abordava a problemática do ensino público brasileiro. Entre números e estatísticas, o texto relatava a falta de interesse das pessoas pela profissão de professor, em especial o do magistério. Situação alarmante que, infelizmente, fica em segundo plano nas câmaras, planaltos, assembléias e gabinetes deste país cuja educação resume-se à alfabetização funcional e não à cidadania fundamental.
O texto ficou rondando a mente durante o dia, enquanto ouvia a programação da rádio digital Devil´s Nigh, disponível no iTunes. Foi então, em meio ao calor babilônico da capital paulista, que eclode da emissora online "I Hate School", do Suicide Squad, banda punk surgida na Austrália, em 1978. A música, fiel ao estilo originário dos guetos ingleses, traz a força dos três acordes somada ao vocal agudo a descascar o abacaxi sobre o sistema educacional do país também colonizado. Porém, civilizado, no sentido coletivo da palavra.
Se a educação numa nação organizada, que planeja suas iniciativas em prol social, já gera insatisfação de jovens rebentos, mesmo em outros tempos, imagina em nosso querido Brasil, onde a licenciatura pública figura entre as profissões mais desvalorizadas e, consequentemente, menos procuradas para se atuar?
2 comentários:
Em uma cultura individualista, imediatista e superficial, a educação só é valorizada quando resulta em título, dinheiro e prestígio. Quando se atua para o bem comum, em nações como esta, como é o caso de professores da rede pública, nada-se contra todas as correntes: só sobrevivem aqueles de dom inato.
O que mais me preocupa é esse tesarac eterno que reflete um total abandono daquilo que deveria ser nosso maior bem: a educação.
Já dura 510 anos. Ainda estou esperando.
Postar um comentário