24 de fev. de 2011

O suingue atemporal de Sharon Jones & The Dap-Kings

A desenvoltura e a malemolência da soul music de primeira linha são forças que rompem as geografias e períodos para atingir os ouvidos e mover os quadris da rapaziada nos bailes, clubes e casas de espetáculos mundo afora. Influeciado por este gênero, somado ao goslpel e ao funk, Sharon Jones & The Dap-Kings é um dos nomes mais relevantes da atualidade. O som desta banda originária do Brooklyn, Nova Iorque, é repleto de suingue e de nuances que nortearam a música norte-americana nos anos 1970.

Há quase uma década juntos, os integrantes da The Dap-Kings emanam bases instrumentais estilosas e temperadas de surpresas, como ataques de metais ou breaks muito bem pontuados. Quando surge a voz de Sharon Jones, a musicalidade adentra um universo à parte, pois todos os espaços em branco da trilha tornam-se coloridos. A sua interpretação é recheada de sentimento e originalidade, digna de respeito à diva do soul, mas sem compará-la ou classificá-la como a nova fulana, beltrana ou sicrana.

O primeiro álbum, Dap Dippin', lançado em 2002, dá início à parceira com a Daptones, selo independente que lapida suas jóias em vinil. Em 2005, gravaram Naturally, em 2007, 100 Days, 100 Nights e, no ano passado, I Learned the Hard Away. Todos os LPs (como é emocionante citar "LP") apresentam produções impecáveis e músicas de levantar o astral, sacudindo a poeira, até mesmo aquela sobre o velho toca-discos.

Mas o melhor (espero), é o anúncio da apresentação da SJTDK no BMW Jazz Festival, a ser realizado no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 10 e 12 de junho. O evento jazzístico ainda trará Wayne Shorter, figura que, em breve, será ilustrada  num post exclusivo aqui no humilde Cantos e Cantigas.

Enquanto espera-se o mês de junho, uma boa dose de Sharon Jones & The Dap-Kings cai muito bem.

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