Ano de 1991, o basquete da NBA apresentava o mais seleto time de jogadores de todos os tempos. Os bonés de oito linhas com logo do Chicago Bulls, Los Angeles Lakers, Seatlle Supersonics ou Orlando Magic faziam a cabeça da rapaziada mundo afora. Na cena musical, o rap proliferava pelo planeta enquanto o rock se revigorava, conquistando a nova geração pelo fenomenal Nirvana. Em meio a esta efervecência, o Red Hot Chili Peppers chega com uma obra que, ao lado de Nevermind, do Nirvana, marcaria o início da última década do século XX.
Entitulado de Blood Sugar Sex Magik, o álbum apresenta o ápice da sintonia sonora do quarteto que surgiu em 1983, na Califórnia, EUA. Percorrendo os sulgos do disco, percebe-se as linhas suingadas emandas da cozinha chefiada pelo harmônico-psicodélico baixista Flea em combinação à quebradeira percussiva de Chad Smith. Na guitarra, o prodígio John Frusciante materializa suas influências sônicas. Solos cadenciados e riffs potentes completam a base instrumental de BSSM. Para completar, o inquieto Antony Kiedis lança suas frases: ora pervertido, ora reflexivo, ora sarcástico, ora alucinado.
A química dessa obra que já completa duas décadas parece não se dissolver pelas leis do tempo. Talvez seja pelas mãos de Rick Rubin na produção. Talvez seja pelo espaço onde se registrou as músicas deste quinto trabalho do grupo: a mansão onde viveu o lendário mágico Harry Houdini. Na real, pode ser, simplesmente, o puro feeling de uns garotos que buscavam um pouco mais de diversão quando se juntavam para tocar.
Um comentário:
Disco maravilhoso!! Sua homenagem está perfeita!!
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