
Era 1981, ano em que o ex-ator Ronald Reagan tornava-se o quadragésimo presidente estadunidense e o canal Music Television entrava no ar. No cenário musical, o rock tomava novos rumos ao se fundir ao punk e as bandas pop ganhavam projeção mundial. Grandes turnês e grandes festivais pipocavam mundo afora. No mesmo ano,
Robert Niesta Marley deixava esse plano terreno.
Na contramão do império fonográfico, o indiano
Ravi Shankar com seus 84 anos lança uma das obras mais contemplativas do início da década,
Homage To Mahatma Gandhi. O disco, composto pelos temas
"Tala Farodast",
"Raga Gara" e
"Raga Mohan Kauns" (Rupak tala), é pura energia, tanto no aspecto sônico como no espiritual. A combinação harmônica das citaras em sintonia à rítmica percussiva, emanada de instrumentos como a tabla, leva nossa percepção sensorial a diferentes atmosferas.
Em tempos em que a cultura dos anos 1980 é mal-tratada pelas tendências ditas comportamentais e os norte-americanos alimentam o ódio contra grande parte dos povos do Oriente, revivamos a obra em homenagem a um dos seres humanos mais exemplares da trajetória
homo sapiens.
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